30 de junho de 2011

Às vezes não há títulos para as nossas mensagens.
Elas são um conjunto de frases soltas que evidenciam um conjunto de sentimentos que decorrem de acontecimentos/factos/ideias que nos marcam indelevelmente.
Este é um desses posts.
Sem títulos, sem pré-definições, sem planos prévios... é daqueles posts que é como um saborear do que a vida nos dá. Um post que pretende ser não um auto-retrato, mas uma fotografia exacta da minha vida neste momento. Também por esta razão não tem título.
(sem acordo ortográfico...)

28 de junho de 2011

Porque há músicas intemporais...

... julgo que esta é uma delas: A Máquina, de Amor Electro




"...Rasguei o teu perdão,
Quis ser o que já fui,
Eu não vou mais fugir,
A viagem começou,
Porque este amor é meu..."

26 de junho de 2011

19 de junho de 2011

Um acordar diferente....

Hoje acordámos bastante cedo. Partilhámos um sorriso demorado, cúmplice, carinhoso.
Fomos para a praia e levámos a nossa Bolacha. Corremos, saltámos, brincamos...
Fomos felizes, sem preocupações.
Estamos felizes.
E por isso, um obrigada muito grande a todos os que nos apoiam e que estão connosco no fortalecer/crescer/resplandecer desta relação, resistente a intempéries.

14 de junho de 2011

Receitas novas



Tendo mais tempo para estar em casa, consigo fazer as coisas que mais gosto. Entre caminhadas, leitura, ouvir música, cafés demorados na esplanada, tenho conseguido cozinhar. Vai daí, que esta semana lembrei-me de experimentar uma receita vegetariana: Alho francês à brás.

Ficou muito bom!!!

Foi pena não ter tirado uma foto, mas esta dá para ilustrar como ficou :)

13 de junho de 2011

Exilados



Exilados, de Manuel Arouca, foi o livro que me prendeu por estes dias.
Trata da história de uma família de banqueiros portugueses com um império que se estendia até Angola, que vêm os seus bens nacionalizaods com a Revolução do 25 de Abril. Conta ainda a história de como conseguiram recuperar o seu império, a sua honra, indo para o Brasil no pós 25 de Abril. Paralelamente vamos conhecendo as formas de viver dos exilados no Brasil.
Obriga-nos a reflectir sobre a forma como a mudança de paradigma político-social-cultural-económico altera a nossa forma de estar, a nossa visão, e às vezes, até os nossos dogmas.
Um romance inesquecível!

Pode ler mais aqui!

9 de junho de 2011

A nossa menina...




... chama-se Bolacha e é uma brincalhona!

Adora roubar-nos os chinelhos, os tapetes e passear na rua!

É adorável vê-la feliz :)

Fomos buscá-la a Tomar e a viagem para casa foi emocionante. Não saiu um segundo do meu colo. No dia seguinte a casa já era o reino dela! É a princesa da Serra, e brevemente será princesa numa outra casa, que já espera por ela e onde esperamos ser também muito felizes.


2 de junho de 2011

"É da cor do sangue"

Meus amigos:
há algumas semanas atrás despedi-me, com um até logo, de um grande amigo que partiu para a Guiné Conacri. A busca por melhores condições de vida, por um trabalho que nos realize empurra-nos (a nós geração "à rasca", ou como outros lhe apelidaram "geração rasca") para longe das nossas casas, dos nossos haveres, mas acima de tudo para longe das nossas famílias e amigos. O É. não foi caso distinto. Adoro-o de coração e é sempre com tristeza que o vejo partir, embora o perceba... Antes de se ir embora, pedi-lhe que me dissesse se de facto a terra lá é vermelha. Respondeu-me com: "é da cor do sangue".
Há algum tempo atrás candidatei-me para uma oferta de emprego público, para a qual fiquei classificada em 2º lugar. Tratava-se da gestão de um projecto QREN na área do desenvolvimento da cultura avieira. Para esse concurso, li tudo o que encontrei sobre os Avieiros.
Os Avieiros mais não do que os ciganos do rio Tejo, ou seja, os que vinham da zona da Vieira de Leiria e viviam dentro de pequenos barcos pelo Tejo fora procurando o sustento na captura de peixe.
Hoje, esta geração que tantos apelidam de rasca, são nem mais nem menos do que os Avieiros dos tempos modernos. É assim que me sinto, todos os dias... Uma Avieira a lutar pelo sustento da minha família, longe dos meus e da terra que me viu nascer.
Por muitos bons amigos que façamos ao longo desta caminhada, nunca deixamos de estar desenraízados.
Por muito bem que nos integremos na sociedade local onde nos encontramos, nunca deixamos de ser "os de fora".
O É. foi descobrir que a cor da terra na Guiné Conacri é igual à cor do sangue. Um beijo e um abraço profundo, já com saudades para este Avieiro dos tempos modernos.