31 de dezembro de 2010

Para 2011 deixo-vos com...

...um poema, que faz parte de uma colectânea deles, e que deu lugar a um livro: "Memórias de Outrora - Fragmentos de uma vida", escritos por Helena Abrantes e que conta a sua história de vida, a de uma senhora simples de aldeia, que lutou por criar os seus 3 filhos sozinha, após o falecimento do seu marido, numa aldeia onde ela era vista como sendo um pouco à frente do seu tempo. Para que as suas memórias e ensinamentos perpetuem pelos seus filhos e netos, escreve sobre a forma de poesia, de uma forma espontânea, simples, directa, referindo-se muitas vezes à sua luta contra as várias doenças que a têm assolado ao longo dos anos, mas também enriquecendo-nos com a partilha que faz das suas viagens, das pessoas que de perto privaram com ela, das suas experiências e dos ensinamentos que da vida retirou.
Foi a primeira pessoa com quem dei catequese, na aldeia do Sobral, e por isso tive a sorte de conhecer de perto esta pessoa tão especial, e de que gosto tanto.
Bonita vila de Soure

Vila de Soure pequena mas bela
Quem a visita não esquece nunca
Das belas águs cristalinas
Do nosso rio Arunca

Soure fica mesmo ao centro
Da linda Beira Litoral
Entre Coimbra e Figueira
E muito perto de Pombal

Soure bela e formosa
Gabada por toda a gente
Esta vila tão ditosa
De todas é bem diferente

Esta pequena vila
Tem histórias que são verídicas
O lindo Jardim da Várzea
É a sala de visitas

Soure fica entre serra e mar
Por isso tem muita frescura
Assim se torna mais bela
Com a sua formosura

O pôr-do-sol em Soure
É digno de se ver
Com as águas prateadas
Quando é ao anoitecer

por Helena Abrantes, in Memórias de Outrora- Fragmentos de uma Vida, pág. 139.

23 de dezembro de 2010

Apenas desejo...

... um Feliz Natal a todos!
Que o Menino que está nas palhinhas deitado nos dê este Natal, aquilo que mais desejamos, mas acima de tudo: Paz, Amor, Saúde e Felicidade. E pessoalmente... tudo isto e ainda um trabalhinho ;)

21 de dezembro de 2010

Serenidade...

Foto tirada no muro do telheiro da avó Maria em Novembro, num dia de muito sol.

20 de dezembro de 2010

O meu pai...

Começo por dizer que o meu pai é um chato. E é chato porque acredita que eu sou a melhor filha do mundo e que posso alcançar aquilo que para mim é impossível. O meu pai acredita que eu vou vencer sempre todos os obstáculos, vencer todas as batalhas, ganhar todas as corridas e tomar sempre as melhores decisões. E por isso ele é mesmo um chato.
O meu pai é também chato porque sempre que eu caio no desalento e, em crise de desespero lhe telefono, me diz que só lhe ligue quando resolver o problema, porque acredita que eu sou capaz.
O meu pai é um chato, porque continua a contar as mesmas histórias de há 15 anos atrás e eu continuo a achar que ele tem piada.
O meu pai é um grande chato porque acredita em mim.
O meu pai é um chato, porque quando eu cozinho para ele e as coisas correm menos bem, ele diz-me "Continua Célia, está muito bom".
O meu pai é um grande chato porque tem orgulho em mim.

Pai: Parabéns pelos 61!

16 de dezembro de 2010

15 de dezembro de 2010

Prometido é devido (II)

Este ano, quando vi a árvore de Natal da minha Mana, prometi-lhe logo que colocaria no meu blogue uma fotografia desse monumento à decoração moderna. E que colocaria também uma fotografia da minha árvore de Natal... Só para percebermos porque é que nós somos irmãs...
A árvore da Mana:

E a minha árvore:


Nota: a grande diferença acima de tudo, está na descendência, ou na falta dela...

Não consigo...

fazer surpresas ao meu marido... Depois de lhe comprar a prenda de Natal que ele escolheu, decidi comprar uma prendinha mais pequena, apenas para o surpreender. Como sou distraída, guardei-a na porta do carro para levar para casa para embrulhar, esquecendo-me que ele também anda no meu carro... Já lhe comuniquei oficialmente que nem sequer me vou dar ao trabalho de fazer uma terceira tentativa.
Este ano, não há surpresas.

14 de dezembro de 2010

O Príncipe de Arraiolos...


Era uma vez, um castelo habitado por um Rei e uma Rainha. Eram uns Reis muito peculiares e tinham gostos estranhos, mas eram adorados por todos os habitantes daquela terra e de todas as outras por onde tinham já reinado ao longo das suas vidas. Gostavam de cavalgar juntos, na certeza e plenitude do seu amor.
Apesar de toda esta felicidade, faltava-lhes algo.
Quando chegavam ao seu castelo, no final de cada dia de conquista (muitas vezes em territórios difíceis), sentiam que a vida poderia ser algo mais do que aquilo. Que esta conquista diária só faria sentido se houvesse alguém em quem a legar.
Começaram a sonhar.
E desse sonho, nasceu o primeiro príncipe de Arraiolos. O Miguel.
Para ele, especialmente, um grande beijinho de Parabéns.

9 de dezembro de 2010

Dia Internacional da Luta contra a Corrupção

Segundo notícia veiculada hoje nos meios de comunicação social, a propósito da comemoração do Dia Internacional da Luta contra a Corrupção, há novos dados que indicam que a economia paralela em Portugal atinge agora os 24,2% do PIB de 2009. Como principais causas apontam-se a elevada carga fiscal e a crise económica.
Porque é que as pessoas não declaram os seus rendimentos efectivos? Porque é que as pessoas não declaram ao Estado os pequenos serviços que prestam no dia a dia (as limpezas, a roupa passada a ferro, a confecção de sobremesas caseiras, as reparações eléctricas, os serviços de carpintaria, entre outros)? Efectivamente pelas duas razões que o estudo aponta. Por um lado, porque se as pessoas declararem estes serviços, eles acabam por não ser rentáveis (existe o pagamento à Segurança Social, o IVA, ...), toda uma carga fiscal que vem traduzir-se num preço final mais elevado para o consumidor. Assim, o consumidor acaba por consumir menos, ou por consumir bens provenientes de outros mercados.
Podemos ver esta questão também sobre o prisma da protecção no desemprego. Será que vale a pena suspender o recebimento de prestações de desemprego para investir face ao contexto actual? A maioria das pessoas acha que não... A resposta do sistema económico (e da mão invisível) são apoios para a criação do próprio emprego, que as pessoas nem sempre conhecem e que são quase sempre processos morosos e excessivamente burocráticos.
A solução mais apetitosa para os portuguesas acaba por passar por não declararem o que fazem ao Estado, o que se acaba por traduzir na perda de vários milhões de euros de impostos ao longo do ano. Perdem os portugueses e perde Portugal.
Soluções precisam-se...
Se diminuirmos a carga fiscal, apoiamos as empresas (o que por sua vez vai gerar receitas para o Estado), mas comprometemos os objectivos do défice. Se mantivermos a carga fiscal, continuamos a alimentar a economia paralela, não aumentamos as receitas do Estado (até porque não se prevê crescimento, antes pelo contrário) e só atingimos as metas do défice através de uma grande redução das despesas do Estado. Mas se o Estado cortar no investimento, ficamos sem um dos motores de arranque da Economia... Se aumentarmos a carga fiscal, o consumo diminui, as empresas produzem menos, haverá ainda menos emprego....
Já não temos políticas monetárias nacionais para podermos jogar com a valorização e desvalorização da moeda para fazer face às crises económicas... Restam-nos as políticas fiscais, jogar com o investimento público (embora condicionado pelas metas de Bruxelas), e tentar minimizar "estragos" com políticas sociais credíveis, até se atingir o patamar da estabilidade económica nacional. Vamos ver se seremos capazes... Se não formos, podemos sempre dedicar-nos à corrupção....

Os das Economias sempre gostaram de números...

Quero agradecer desde já todos os que por aqui têm passado e comentado e todos os que têm visitado o blogue.
Em menos de 4 dias, já somámos mais de 100 visitas (as minhas não são contabilizadas).
Obrigada pelo vosso voto de confiança, pelo acompanhamento, por estarem presentes, pela vossa amizade, pelo vosso apoio incondicional. É engraçado como esta janela, às vezes se transforma numa janela de esperança, de acolhimento, de bem-estar...

Jantar Mosco & Peixe


Este post serve exlusivamente o objectivo de melgar a JM. Aqui fica a prova de que perdeste uma grande noite.
PS: O próximo ficou agendado para a altura do aniversário do M&P, sob risco de termos de ir por casa da C. que nessa altura está de licença de maternidade. :)

8 de dezembro de 2010

Rolo de carne com cogumelos silvestres


Olá a todos! Ontem não houve tempo para aqui passar. Estive dedicada à terapia da cozinha.
Uma tarde inteira de culinária, sem ligar a telemóveis, e-mails, livros, barulho, trânsito, problemas da vida quotidiana... Sinto-me logo rejuvenescida. Resultado? Fácil... rolo de carne com cogumelos silvestres, pudim de ovos caseiro e tarte de maçã. Não há cá bimbis. Apenas eu, o fogão (ou na versão de ontem forno), as louças, os cheiros, as texturas, as cores, os pacotes de tudo espalhados pela bancada...
Esta é uma versão da Gaivota Perdida já muito distante e diferente da de 2007, onde as grandes confecções se limitavam aos hamburgueres com batata frita de pacote... Está mais refinada esta Gaivota, em tudo...
No dia após me ter sido comunicado o despedimento, estive 3 horas a fazer doce de abóbora (versão 1: simples; versão 2: com nozes). É uma boa forma de ter tempo ou para estar longe dos problemas ou para reflectir sobre eles, dependendo da vontade do momento.

7 de dezembro de 2010

Procura-se...

... esta peça. "Perdeu-se" num dia de grande felicidade.
Oferece-se choruda recompensa, pela sua entrega .


6 de dezembro de 2010

Distância...

... "é a medida da separação de dois pontos. A distância entre dois pontos é medida pelo comprimento do segmento de recta que os liga".

O segmento de recta que me liga a ti, já tem um comprimento tão grande avó. Tenho saudades tuas. Todos os dias.

Cry Baby - Janis Joplin

5 de dezembro de 2010

"A vida é um pássaro"

"Um pássaro de muitas penas que se mudam ou que ficam para sempre. A vida é um pássaro que voa muito alto ou raso de mais, dizia Mestre Feliciano da Barca. A gente traz o pássaro dentro de si, mas deixa-o fugir muitas vezes. Muitos deixam-no fugir à nascença. Esses ficam como pedras... Piores do que as pedras. São poucos os que voam com o pássaro.
A Sr.ª Clotilde não gostava da conversa - achava-a equívoca.
Mas ele falava para a afilhada:
- Se um dia vires o pássaro, abala com ele. Vai atrás dele até o agarrares."
in Avieiros, de Alves Redol, pág. 70, Publicações Europa América -6ª Edição - Julho de 1972
Ficar ou partir.
Calar e consentir ou falar e desmentir.
Abraçar e dizer sim ou virar costas e deixar partir.
A capacidade de agarrar os momentos e conseguir vivê-los com a intensidade merecida, e por esses momentos escolher, mesmo sabendo que as consequências são sempre difíceis faz parte das escolhas da minha vida.
E a base destas escolhas é sempre o Amor. Eu vi o pássaro. Fui atrás dele e abalei para sempre com ele. No dia 25 de Setembro...

Prometido é devido...

Este post é para ti, que me acordas todos os dias com um beijo e um sorriso.
No dia 5 de Novembro prometi-te reabrir este espaço e mais tarde prometi-te que o abriria com uma fotografia da Berta e do Wally. A promessa está cumprida. Amo-te...

A todos: apresento-vos a Berta (a peixinha laranja) e o Wally (o peixinho branco), que são os mais recentes habitantes da nossa casa, acompanhados do Barbas e do Guffy que ainda não tiveram direito a fotografias...