13 de novembro de 2011

Reflexões conjuntas...

Nos últimos anos, e como consequência do processo de crescimento, emancipação, independência e maturidade a desenvolverem-se na minha vida, tenho tomado consciência de uma série de questões que me apoquentam. Nem sempre soube e nem sempre sei lidar com elas da melhor forma. Procurei apoio na família, outras vezes no trabalho desenfreado, ou nos amigos, ou no isolamento, ou na fé/religião, ou ... ... ... Enfim, pensava que já tinha tentado de tudo. Estava prestes a desistir e a resignar-me a sobreviver com questões profundas sem resposta na minha vida.


Até que, um dia destes, conheci aquela que poderá ser uma forma de encontrar respostas a estas questões que me abalam. Sinto-me em processo de descoberta interior. Frequento pela primeira vez na minha vida grupos de auto-ajuda direccionados para cada uma destas esferas de questões. Nestes grupos ouço experiências de outros, partilhamos sugestões de leituras, vemos filmes direccionados para cada uma das problemáticas abordadas, e, se nos sentirmos à vontade, falamos de nós próprios.


Verbalizar uma questão, pressupõe, em primeiro lugar que já somos capazes de a reconhecer/aceitar como questão/problema. É nessa fase em que me encontro agora. Estou a identificar os problemas que me magoam/dificultam/limitam o caminho para a felicidade. Ontem aprendi que este é o primeiro passo para a resolução de qualquer problema ou conflito interior: é a sua aceitação. No final de um workshop a que assisti, o orador (pessoa atenta, inteligente a quem ainda dedicarei neste espaço algumas linhas) perguntava aos presentes o que levavam com eles. Todos os presentes iam repetindo aqueles chavões que tinham marcado a nossa tarde. Quando chegou a minha vez respondi que levava comigo muito trabalho de casa para ser feito. Sinto-me como se estivesse a construir a maior ponte do mundo, pilar a pilar...

9 de novembro de 2011

Ginkgo Biloba

Já temos uma árvore destas plantadas na quinta. Diz a história, que depois das bombas atómicas da II Guerra Mundial, e no local onde tinham devastado todo o tipo de fauna e flora, um ano depois renasceram árvores deste tipo.
É uma árvore de origem chinesa e é sinónimo de paz e longevidade (fonte: Wikipédia).
Sinto-me feliz e reconfortada por agora ter uma que faz parte da paisagem logo ao sair de casa.

4 de novembro de 2011

Ao avô Serafim e à avó Alice

Ao apressar-me atrás do carro funerário, vislumbrei por breves instantes a minha imagem e a de alguns familiares reflectida no vidro traseiro. Percebi de imediato que era isso que eles pretendiam para nós: que reflectissemos os seus ensinamentos, a sua luta, a sua maneira de ser, o seu Amor. E por isso, naquele momento em que tentava, pelo vidro traseiro, ver a sua urna, apenas conseguia ver a minha imagem reflectida.


É o momento de deixar de olhar para ele, de deixar de olhar para ela através da presença dele e de olhar para mim mesma, esforçando-me a cada momento para me aproximar da imagem que estes dois exemplos me deram.


Obrigada Alice, obrigada Serafim pela minha vida, pela mãe que me deram e acima de tudo, obrigada pelo vosso Amor.