4 de novembro de 2011

Ao avô Serafim e à avó Alice

Ao apressar-me atrás do carro funerário, vislumbrei por breves instantes a minha imagem e a de alguns familiares reflectida no vidro traseiro. Percebi de imediato que era isso que eles pretendiam para nós: que reflectissemos os seus ensinamentos, a sua luta, a sua maneira de ser, o seu Amor. E por isso, naquele momento em que tentava, pelo vidro traseiro, ver a sua urna, apenas conseguia ver a minha imagem reflectida.


É o momento de deixar de olhar para ele, de deixar de olhar para ela através da presença dele e de olhar para mim mesma, esforçando-me a cada momento para me aproximar da imagem que estes dois exemplos me deram.


Obrigada Alice, obrigada Serafim pela minha vida, pela mãe que me deram e acima de tudo, obrigada pelo vosso Amor.

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