6 de novembro de 2018

Loucura dos tempos modernos...

Há uma tendência crescente para vivermos tudo a correr. Para estarmos constantemente envolvidos em projectos, planos, tempos, épocas. Tudo isto é promovido pelas grandes máquinas do comércio, para impulsionar o consumo. Mas parece que de ano para ano, esta tendência se agrava e se torna limite agressiva para o consumidor, que acaba por se deixar tentar pela engrenagem.
Reparei que durante o mês de Outubro, nos catálogos publicitários que inundam a caixa de correio (e que tão mal fazem ao ambiente), os comércios começaram a lançar os primeiros brinquedos para o Natal. Hello???? Estávamos em Outubro gente!!!! Pois bem, para piorar as coisas, recebi mesmo um catálogo onde desfilavam as flores plásticas para o dia de Todos os Santos, as máscaras para o Halloween, e as primeiras decorações de Natal... Era mesmo classe, pensei emoldurá-lo para recordação posterior...
As montras das lojas já se revestem de espírito natalício, mas estamos no início de Novembro.... Eu acho que as pessoas deviam guardar o espírito natalício (como a solidariedade, compaixão, misericórdia, amor fraterno, ...) o ano todo. Mas deixemos as decorações, as músicas e as prendas para o seu devido tempo. Excepção claro aos calendários de chocolate do Advento. Porque assim como assim, e dado que eles já estão à venda, podemos fazer um em Novembro e outro em Dezembro... Assim, no final de Dezembro, e já bem gordinhos, podemos fazer as resoluções para o ano novo que chega em Janeiro, do tipo, vou fazer dieta e largar definitivamente a porra do vício do chocolate!. E em Janeiro, como sabemos que já estamos a falhar, e para dar um bocado de cor à vida, que tal começar a fazer a máscara para o Carnaval? Assim, quando o Carnaval chegar, já estamos safos das máscaras e podemos dedicar-nos a fazer as amêndoas caseiras para a Páscoa. 
A sério, quando é que perceberemos que a felicidade está no momento presente? E que cada coisa deve ser vivida e saboreada no momento exacto? 

Sem comentários:

Enviar um comentário