20 de julho de 2018

Anos Depois....

... num país diferente, depois de alguns falecimentos, de alguns nascimentos, de muitos caminhos percorridos, de muitas dúvidas, de muitos anseios, de muitas mudanças, de muitas alegrias, de muitas conquistas, percebi que esta estrada que tracei em 2007 (este blogue), continua a fazer sentido na minha vida.
O gaivota perdida foi criado nos idos de 2007, quando "aterrei" em Peniche. Na altura não sabia o que vinha aí pela frente, mas sabia que aquela terra iria mudar a minha visão do mundo e sentia que me iria mudar para sempre. Tudo verdade.
Em 2010, fruto da visibilidade que o meu trabalho à época me proporcionava, fui coagida pelos poderes políticos de então, que dominavam os poderes públicos locais, a encerrar este espaço de reflexão. Burrice!!! Senti-me acorrentada, amordaçada e aceitei, calada. Tal prisioneiros outrora do forte, também eu o fui. Foi sol de pouca dura, pois na altura, na visão desses tais poderes políticos locais, um técnico, não deixa de ser um técnico, e por isso, substituível. Foi o caso...
Depois de ter saído da C.M.P.  reabri o blogue, mas infelizmente, com a  impossibilidade de recuperar 3 anos de publicações, com centenas de leituras e de comentários que provavam a minha evolução, a minha vida e que faziam parte das minhas memórias. Estava perdida para sempre a génese da gaivota perdida.
Ainda assim, reabri este espaço, com um novo look, e com vontade. Mas a vontade não resistiu ao desânimo e às dificuldades que a vida apresentava nos idos de 2012. Em 2013, com a imigração para este país que me acolhe hoje, e de onde escrevo, a minha alma gémea, achou que seria uma boa ideia reabrir este espaço... Essa ideia deu origem a um único post.... e por aí me fiquei....  Uma das grandes lições que já retirei da vida, é que as mudanças têm de partir de nós e nosso interior, senão não serão sólidas no tempo.
Tenho saudades de escrever, tenho saudades de ler e de me ler... caramba! Preciso mesmo disto. Desta vez, a ideia partiu de mim.
Depois de uma experiência de morte, que poderei aqui contar mais tarde, e que me levou a uma consequente série de sessões com uma psicóloga, que um dia me disse que eu deveria produzir algo. Registar. Escrever. Lembrei-me que em tempos o fazia, e que essa escrita fazia parte do meu equilíbrio. Já não pensava neste blogue há tanto tempo. Mas agora, que estou viva, e que me sinto viva, porque não voltar a tentar? (sem acordos ortográficos, sem pressões, sem enviar o link a toda a gente).
Apenas eu e este teclado, eu e esta página branca...

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